Miscelânea

sábado, 9 de maio de 2009

Marcha da Maconha


Desde 1998, a marcha da maconha é feita no mundo como forma de protesto pacífico a favor da legalização da maconha. A primeira marcha feita em Brasília ocorreu dia 9 de maio de 2009, pois no ano passado a marcha foi proibida. A manifestação começou às 15h ao lado da Catedral. Segundo o comunicólogo João Gabriel, de 26 anos, “A marcha é o primeiro passo para discutir sobre as drogas de maneira diferente”.

Às 15h, a concentração já havia começado, faixas e pinturas competiam por espaço com a secura e o calor de Brasília. Para quem observava de longe, não iria sair nada daquelas poucas pessoas amontoadas na única sombra visível ao lado da Catedral. Aproximadamente às 15h15min, a marcha foi oficialmente autorizada. Outros se juntaram aos poucos à concentração que começou a criar ares de manifestação, com criatividade os participantes começaram a criar frases, pinturas pelos corpos. Às 16h15min, começou a primeira marcha da maconha na capital do Brasil.

Quando os manifestantes começaram o caminho da Catedral até a Praça dos Três Poderes, o número de pessoas já havia aumentado consideravelmente. Grávidas, crianças, jovens gritavam e caminhavam pela legalização da maconha. Não houve nenhum tipo de conflito, e alguns carros e motos que passavam ao lado das duas faixas ocupadas pela marcha, buzinavam demonstrando apoio à caminhada.

Para falar sobre a importância da legalização e os motivos de terem feito a marcha, os jovens se sentaram formando um círculo, onde qualquer pessoa poderia expor o que pensava sobre a marcha e o que esperava. Nesse círculo, descreveram o objetivo da marcha, que é destruir o tabu da maconha, diminuir o tráfico e minimizar os preconceitos com os usuários de maconha.

Como em alguns lugares no território brasileiro, a marcha foi proibida por ser uma apologia às drogas. Os participantes esclarecem que a marcha não é uma apologia às drogas nem incentivo ao uso da maconha. O que eles querem é o direito de fumar maconha sem fornecerem dinheiro ao tráfico, nem serem marginalizados. E, antes de terminar, o grupo marchou para Rodoviária.